domingo, 27 de julho de 2008

Espaço-Tempo Mata Adentro

Nessa sexta-feira eu viajei. Não tipo na maionese, viajei mesmo, fui até a rodoviária de Porto Alegre, entrei num ônibus e me mandei.

Foram umas duas horas de viajem, com minha amiga, Luana. Até o destino foram uma série de Manamanahs (ah, esse Lucas!), "Qual é a Palavra", papos-cabeça e perdições no espaço-tempo. Chegamos lá. E entre a construção semi-deserta e a Escola Pedro Rosa quase nos perdemos. Mas quem procura acha e lá estávamos nós. Naquele que era o tão esperado, ansiado e programado: o destino.

Não tem coisa mais agradável do que chegar a um lugar onde tu simplesmente te sentes em casa. Minha amiga com certeza já era de casa, era a casa dos tios dela, e de certa forma do primo que estava lá, mas ele já não vive mais lá, só estava passando um tempo. Como nós. Pra mim é que era mais novidade, casa de estranhos, caras novas. Mas esses eram os estranhos mais adoráveis que eu podia ter conhecido. E quando chegou o final do dia, parecia que eu já tinha passado uma semana inteira lá. Claro, ajuda eu estar lá com alguém que eu conheço desde que nasci, e que aliás teria nascido junto comigo, não fossem os 17 dias que nos separam. Mas isso não vem ao caso.

Foram os três dias na casa de outra pessoa que eu mais curti, mesmo que - quase - sem TV, sem computador, sem internet, sem telefone, e em certo momento - que fique claro, foi um curtíssimo momento - até sem luz.

No sábado, algo memorável aconteceu. Eu guiei pessoas perdidas num lugar onde eu era a única que realmente não conhecia nada! Isso aí. Saímos, Felipe, Luana e eu, pra subir o morro, escalar a pedra e chegar no topo (lá, onde da próxima vez nós vamos acampar). O Felipe foi guiando, afinal, ele é quem cresceu naquele lugar. Subimos, nos perguntamos o que aconteceria se alguém pulasse lá de cima, tiramos algumas fotos, e alguns de nós (leia-se Luana - né, Lu?) até nos quebramos. Tudo bem, hora de descer. Estávamos andando, quando eu disse:
- Ow, peraí, não é por aqui não? *aponta para esquerda*
Ao que o senhor Felipe sabichão responde:
- Não, tem que ir mais à frente, depois a gente desce.
OK, penso eu com meu botões (depois, é claro, de gritar aos quatro ventos mais umas quinze vezes que era ali que devíamos ir), vamos onde o cara que morou aqui tipo uns 19 anos disser.
Mais a frente, depois de uns minutos andando por colônias de formigas e etc. e tal, a (quase) surpeendente declaração de Felipe:
- É, acho que eu tô perdido.
- Naaaah! Capaz? Agora que tu descobriu? - e insisto novamente no que minha intuição me dizia.
Daquele ponto em diante eles foram por onde eu disse, e adivinhe? Chegamos no lugar certo. Se tem algo que eu sei que tenho é noção de espaço. Pelo menos eu não me perco na volta. O caminho fica grudado na minha mente, aí é só voltar.

Mais tantas outras coisinhas agradáveis aconteceram nesse final de semana pré-férias, mas são coisas que quem vai ficar sabendo são de repente meus filhos e netinhos. Agora vou lá, assistir a um filminho e me readaptar à civilização. Porque afinal: "meu nome é Lauren! h3h3"

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